Tecnologia em hospitais: Dispositivo de rastreamento criado em SC facilita tratamento de pacientes

“Assim que o produto for validado todos os pacientes que entrarem no hospital vão receber uma pulseira que vai estar rastreando a localização interna”, explica o CEO da Ciclix, Cristian Ruphental. O empreendedor explica que a ferramenta auxilia na identificação dos ambientes, pessoas e equipamentos, que o paciente teve contato.

“É importante termos um controle sobre a jornada do paciente dentro do hospital porque em hospitais grandes e que trabalham com alta complexidade como é o caso do nosso hospital é importante sabermos exatamente por onde esse paciente passa, onde os profissionais exatamente estão atuando pra que a gente possa reduzir cada vez mais o tempo de exposição, o tempo de espera desses pacientes e melhorar a eficiência do serviço como um todo”, explica Ademar José Paes Jr., que é membro do núcleo de inovação do Hospital Baía Sul e presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM).

O sistema permite que funcionários tenham acesso em tempo real de informações sobre a localização de outros funcionários e de equipamentos.

“O aplicativo é muito interessante quando a gente pensa em atendimento de pacientes em protocolos que são tempo-dependente. Então imagina um paciente hoje que precisa de um tempo determinado de atendimento e a gente precisa garantir esse atendimento no tempo oportuno. Então conseguimos rastrear na hora que ele chega na instituição e ganha o rastreador ou a pulseira e conseguimos saber os tempos por onde ele passou. Com isso, conseguimos intensificar a assistência e garantir o maior gerenciamento dessas práticas e cada vez mias gerar o acesso mais oportuno para o paciente”, afirma a enfermeira Larissa de Siqueira Gutierres.

Para os funcionários, uma das vantagens é a otimização do tempo por conta das soluções apresentadas pelo aplicativo. Já para a administração do hospital, a tecnologia de rastreamento traz dados importantes sobre a utilização dos equipamentos, o que pode ajudar a reduzir custos, fazer planejamento de utilização, manutenção e aquisição.

“A redução de custos no hospital se dá principalmente pela taxa de uso do equipamento. Os equipamentos hospitalares são muito caros e não existe uma forma muito eficaz de monitorar quanto tempo que eles estão sendo usados efetivamente, isso serve tanto para uma cadeira de rodas, um monitor cardíaco, quanto para um equipamento mais caro como um ventilador pulmonar”, explica Ruphental.

Para o CEO da Ciclix, com a utilização da ferramenta a médio prazo é possível reduzir a médio prazo a quantidade de capital imobilizado da unidade de saúde.

A tecnologia usada pelo sistema é o bluetooth low energy. As pessoas e os equipamentos são rastreados por dispositivos pequenos, com baterias que duram até 3 anos, e que não dependem de celular para funcionar. “A opção da tecnologia veio tanto de longevidade, de manutenção, quanto da escalabilidade da solução”, disse Ruphental.

O uso do rastreamento para evitar a propagação de doenças infectocontagiosas deve começar ainda irá passar pela fase de teste. “Nas próximas semanas devemos começar a testar para poder validar o nosso modelo e nossa prova de conceito para depois podemos tentar desenvolver como produto propriamente dito”, analisa o médico.

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Fonte: G1 Santa Catarina