A Yamaha celebrou recentemente a marca de 5 milhões de motos produzidas no Brasil. Em sua fábrica em Manaus (AM), a montadora está investindo em tecnologias de ponta que ajudam a acelerar e a aprimorar os processos de produção, com a implementação de realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV).
Na unidade de Manaus, que tem 125 mil metros quadrados distribuídos em 17 galpões, o centro de solda, por exemplo, utiliza realidade aumentada para treinamento de novos soldadores. Já o novo espaço de pintura, inaugurado em setembro deste ano, emprega realidade virtual para proporcionar imersão total aos operadores.
Em visita à fábrica da Yamaha, a equipe do Byte pode ver o funcionamento do simulador de pintura, que usa RV para pintar peças como tanques e paralamas, permitindo aos funcionários uma visão externa da pintura, para identificar possíveis erros e corrigir. “Se a gente consegue ser eficiente aqui, a gente não tem dificuldade nenhuma na pintura real, você se ver pintando de fora, é bastante eficiente”, comenta um colaborador ao Byte.
“A Yamaha sempre se orgulhou de ser pioneira em vários aspectos tecnológicos. Fomos pioneiros na fabricação de motocicletas com injeção eletrônica, e uma das primeiras empresas a trazer freio ABS. Então, a parte tecnológica sempre foi uma um diferencial para nós, desde a nossa origem no Japão, a gente está sempre pensando no próximo nível em termos de tecnologia”, explica Rafael Lourenço, gerente de Relações Institucionais da Yamaha Motor do Brasil.
Capacitação da população ribeirinha
Desde 2015, a Yamaha e o SENAI Amazonas celebram uma parceria para fomentar a educação técnica profissionalizante em comunidades ribeirinhas no interior da Amazônia. Nessas comunidades, o principal meio de transporte é o barco, portanto, optou-se pela formação técnica em mecânica de motores de popa.
O curso oferece uma alternativa de geração de emprego e renda para os mecânicos formados; e fomenta a integração regional, garantindo o transporte dessas populações que têm nos rios suas principais vias de locomoção e nos barcos seu principal, muitas vezes único, meio de transporte.
Desde o início do projeto, cerca de 700 jovens foram capacitados. Desses, 261, representando 38%, foram contratados pela Yamaha. Os demais foram trabalhar em outras empresas do segmento, em concessionários ou oficinas. Atualmente, há ex-alunos do projeto entre os colaboradores em cargos de liderança na empresa.
As aulas acontecem dentro do barco-escola Samaúma, do SENAI, que oferece também capacitação em gestão, informática, vestuário, elétrica, energia solar, alimentos, refrigeração e operação de máquinas pesadas.
O projeto barco-escola Samaúma já contemplou 65 cidades, sendo 48 no estado do Amazonas, oito no Pará, quatro no Amapá, duas no Acre, uma em Roraima e uma em Rondônia.
Sustentabilidade e ESG
Além de contar com a tecnologia, o complexo industrial da Yamaha promove processos sustentáveis na produção. A empresa utiliza água de reuso no processo de pintura dos produtos e racks retornáveis para transporte das motocicletas.
Em utilização desde 2014, esses racks evitaram a geração de mais de 24 mil toneladas de resíduos desde a sua implementação.
“A Yamaha assumiu um compromisso público de se tornar carbono neutro até 2050. Então, temos escopo 1 e 2, a nossa meta é se tornar carbono neutro aqui nas nossas operações até 2035; todas as fábricas da Yamaha no mundo estão em uma corrida contra as emissões de carbono. Dado esse objetivo, que é extremamente complexo, a gente já lançou aqui no Brasil a nossa primeira moto elétrica”, disse Rafael Lourenço.
Inspirada pela tecnologia e sustentabilidade, a empresa anunciou recentemente o lançamento da Neo’s Connected, sua nova scooter elétrica. O modelo tem conectividade proporcionada pelo sistema Y-Connect, que permite que o usuário se conecte à scooter via smartphone, oferecendo informações sobre o status da bateria, localização do veículo e notificações de manutenção.
O painel digital também exibe dados em tempo real, como nível de carga das baterias, velocidade e até notificações de chamadas e mensagens recebidas no celular conectado. Leia mais aqui.
Fonte: Terra.