Mais de 100 manejadores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, no Amazonas, foram beneficiados com cursos para aprimorar a rastreabilidade do pirarucu.
A iniciativa, promovida pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e financiada pelo Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), busca garantir mais transparência na cadeia produtiva e ampliar o valor do pescado no mercado.
A capacitação incluiu treinamento sobre boas práticas de manejo, beneficiamento e monitoramento dos lagos. Além disso, um sistema tecnológico permitirá que os lotes de pirarucu sejam rastreados via blockchain, desde a captura até o consumidor final.
Segundo Wildney Mourão, gerente de Empreendedorismo da FAS, a rastreabilidade dará mais credibilidade ao produto amazônico.
“Essa tecnologia permitirá verificar a origem do pescado, aumentando a confiança dos consumidores e fortalecendo o mercado”, explica.
Impacto para as comunidades locais
O projeto beneficia 56 manejadores e 45 famílias das comunidades Mangueira, Catite e Jussara, na RDS Mamirauá.
A vice-presidente do setor Macopani, Antônia Fernandes, destaca que a valorização do pescado pode garantir preços mais justos.
“Hoje vendemos o pirarucu a preços muito baixos. Com esse sistema, esperamos agregar mais valor ao nosso trabalho”, afirma.
Além do rastreamento digital, o projeto prevê, para 2025, a reforma da unidade de beneficiamento de pescado em Fonte Boa (AM), permitindo a obtenção do Selo de Inspeção Estadual (SIE), que autoriza a comercialização dentro do Amazonas.
A iniciativa reforça o compromisso da bioeconomia em unir tecnologia e sustentabilidade, promovendo desenvolvimento econômico para as comunidades ribeirinhas sem comprometer os recursos naturais da Amazônia.
Fonte: Real Time 1.