Pentágono quer “táxi aéreo autônomo” para transporte de tropas

Estão em pesquisa e desenvolvimento, ao redor do mundo, pelo menos 96 projetos de “táxi aéreo” autônomo — aeronaves sem piloto, capazes de decolar e aterrissar verticalmente, para transporte de passageiros em curtas distâncias.

Os projetos foram mapeados pela consultoria alemã Roland BergerAirbusBoeing e Uber estão entre as companhias que trabalham nesse tipo de projeto, normalmente concebido para driblar o tráfego intenso nas ruas das grandes cidades. Em maio, porém, tornou-se público o objetivo de dar outro tipo de uso a essas aeronaves: o transporte rápido de militares.

O Departamento de Defesa dos EUA publicou um edital pedindo propostas de uma pequena aeronave, com as seguintes características: sem piloto, capacidade para duas a quatro pessoas (uma delas deitada em maca), alcance de 160 quilômetros, velocidade de 185 km/h, pouso e decolagem em terreno não preparado – além de baixo custo. A condução pode ser feita por controle remoto (como drones). O sistema serviria para busca, resgate e “operações especiais” (ou seja, infiltração de um pequeno grupo em território hostil).

Numa segunda fase de um eventual contrato, a pequena aeronave deverá ampliar seu alcance para 320 quilômetros, ser transportada em aviões de carga, ser montada em 30 minutos e mostrar capacidade de carregar 635 kg (o equivalente a quatro militares com equipamento) viajando a 1.200 metros de altura. Além disso, deve poder receber comandos simples de um passageiro sem treinamento de piloto.

O edital explica como tecnologias inicialmente pensadas para uso civil podem ter uso militar. “O investimento privado significativo em veículos aéreos pessoais (PAV, na sigla em inglês) e mobilidade aérea urbana (UAM, na sigla em inglês) pode ser alavancado para essa missão militar. Os esforços (privados) têm se concentrado em operações urbanas para transporte civil sob demanda e têm muitos paralelos com os requerimentos de design deste programa de Pesquisa em Inovação para Pequenas Empresas (na sigla em inglês, SBIR, um programa do governo dos EUA para encomendar tecnologia a startups), com algumas modificações para atender às missões militares”.

Fonte: Época

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