O que é QD-OLED: conheça a tecnologia das smart TVs do futuro

Telas QD-OLED combinam pontos quânticos com OLED e prometem cores e brilho mais intenso.

A Sony revelou a Bravia XR A95K, primeira TV com tela QD-OLED do mundo durante a CES 2022. Tecnologia da Samsung, o QD-OLED representa uma evolução que combina virtudes de painéis LED com pontos quânticos para cores e brilho mais intenso com as qualidades do OLED, como o contraste infinito e os tons escuros mais precisos.

A seguir, você vai entender melhor como o QD-OLED funciona, quais são as vantagens da tecnologia e as diferenças desse tipo de display na comparação com tecnologias mais consolidadas, como as telas LED e OLED disponíveis atualmente.

O que é QD-OLED?

Nova Bravia estreia o QD-OLED no mercado — Foto: Divulgação/Sony

QD-OLED é uma tecnologia introduzida pela Samsung e que mistura o chamado QLED com o OLED. O objetivo da fabricante é criar um novo tipo de display para televisores e monitores que combine as vantagens das duas tecnologias: do OLED vem o contraste infinito e os tons escuros de alta precisão e qualidade, enquanto o QLED se aproveita a capacidade de gerar cores e brilho mais intenso do que o possível no OLED.

A princípio, essas são as promessas da Samsung. No material de divulgação, a marca fala num espectro de cor mais amplo, cobrindo 99,8% do padrão DCI-P3 de cor. É um registro que dá sustentação à promessa, mas telas OLED – sem os pontos quânticos – que atingem algo nessa mesma faixa já existem no mercado.

QLED + OLED

Telas QLED são do tipo LCD/LED, mas que usam os chamados pontos quânticos para garantir imagens com alta intensidade de brilho e grande qualidade de cores. Já o OLED dispensa completamente a necessidade de um painel de LED iluminando o display, já que nesse tipo de tecnologia cada pixel controla sozinho a sua luminosidade.

Essa diferença em abordagem entre as duas tecnologias acaba representando vantagens e limitações em cada uma delas. Uma tela QLED vai atingir brilho mais intenso e não deve distorcer cor, mesmo no máximo de brilho. Por outro lado, o display QLED pode não ter as melhores taxas de contraste – a medida da diferença entre tons claros e escuros na tela – e também terá tons escuros e pretos com aspecto mais lavados, distorcendo para o cinza.

Por outro lado, o OLED tem o chamado contraste infinito, já que cada pixel da tela pode ser desligado para emissão de tons escuros de alta precisão. No geral, a percepção é de que a qualidade de imagem do OLED é superior por conta dessas duas características. Ainda assim, a tecnologia tem limites em televisores e monitores: o nível máximo de brilho é menor e, com brilho alto, a tendência é que cores sofram distorção.

Televisores e monitores OLED mais recentes têm técnicas de mitigação integradas, que atenuam o problema, mas não o impedem completamente.

Segundo o site CNET, a Samsung indica que painéis QD-OLED são no mínimo tão bons (ou ruins, depende do seu ponto de vista) em gerenciar burn-ins quanto as telas OLED atuais. A fabricante promete um mecanismo automático de compensação para amenizar os riscos, mas a princípio o QD-OLED não deve representar o fim do burn-in.

Outro porém em torno do OLED é a vida útil: telas desse tipo tendem a perder qualidade em um ritmo mais acelerado do que outras tecnologias. Questões sobre desgaste não foram abordadas pela Samsung e terão de ser observadas por análises independentes quando produtos com a nova tecnologia alcançarem o mercado.

Com informações de CNETDisplaySupplyChainWhatHiFi Digital Trends

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