A Google concordou em pagar uma multa de 170 milhões de dólares, após ser acusada de expor menores de idade a vídeos inapropriados e de coletar informações pessoais em seu portal YouTube sem a permissão dos pais – informaram autoridades americanas nesta quarta-feira (4).
O acordo amigável com a agência federal para defesa do consumidor (FTC, na sigla em inglês) e a Procuradoria Geral do estado de Nova York. O acerto, que ainda precisa ser aprovado pelo Departamento de Justiça, é o mais importante em um caso envolvendo a proteção da vida privada de menores.
Em abril de 2018, 23 organizações de defesa dos direitos digitais e de proteção da infância haviam apresentado uma ação à FTC. Nela, acusavam o YouTube de coletar dados pessoais de menores (como localização, aparelho usado e número de telefone) sem o conhecimento dos pais, usando esses dados para autorizar publicidade dirigida.
O FTC vai receber 136 milhões de dólares e os 34 milhões restantes irão para o Departamento de Justiça.
“O YouTube se beneficiou de sua popularidade entre crianças (para negociar) com companhias que eram possíveis clientes”, disse em nota o diretor da FTC, Joe Simons.
“Contudo, quando se tratava de respeitar a lei, a empresa se negou a reconhecer que parte de sua plataforma estava claramente destinada a crianças. Não há desculpas para a violação da lei por parte do YouTube”, afirmou.
O acordo, que teve oposição de dois dos três comissionados que compõem a FTC, por considerarem que não era rigoroso o bastante, obriga o YouTube a mudar seus métodos.
“Trataremos os dados daqueles que veem programas infantis no YouTube como se fossem de um menino, independentemente da idade do espectador”, prometeu Susan Wojcicki, diretora da plataforma, em comunicado após o acordo ser anunciado.
A compilação de dados se limitará aos necessários para o bom funcionamento do serviço e não haverá publicidade dirigida sobre este tipo de conteúdo.
Fonte: Isto é
