Um estudo divulgado pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD) — que teve como ano base 2023, revelou que a rede atacadista Nova Era teve um faturamento aproximado de R$ 2,3 bilhões, enquanto a Dunorte, obteve renda de quase R$ 1,7 bilhão. O levantamento apontou que a categoria faturou R$ 19,79 bilhões, crescendo 5,43% em relação ao ano anterior, na região Norte. Com esse progresso, o quanto isso impactará na economia local e é possível repetir esse feito até o final de 2024?
Para a economista Denise Kassama, esses números refletem o incentivo econômico que o Estado teve no ano anterior, como a geração de empregos formais que elevou o consumo na região.
“Esses números corroboram para um reflexo da economia, principalmente no fim do segundo semestre de 2023, mas 2023 foi um bom ano de recuperação econômica. Tivemos indicadores positivos do Polo Industrial de Manaus, aumento na geração de empregos formais, e se você tem emprego, você tem renda, se você tem renda, você tem consumo. Então, isso meio que corroborou para o aumento do faturamento, que demonstrou de fato um reflexo numa certa melhoria”,
destacou a especialista.
No ranking divulgado pela associação, o Amazonas conta com quatro empresas ocupando o Top 10 entre as redes do Norte que mais faturaram. O Nova Era, por exemplo, ficou em primeiro lugar com mais de R$ 2,2 bilhões. Em segundo lugar, a Dunorte mais de R$ 1,6 bilhão. Em sexto lugar, o Big Amigão faturou aproximadamente R$ 799 milhões e o Di Felicia, mais de R$ 788 milhões.
O estudo destacou que houve um aumento entre os dados de 2022 e 2023. A rede atacadista, na região Norte, faturou R$ 19,79 bilhões, um acréscimo de 5,43% em relação a 2022, uma vez que o Amazonas contribuiu com R$ 6,39 bilhões, um aumento de 5% sobre 2022.
O ranking de empresas do Amazonas com maiores faturamentos destacam nomes como Nova Era, Dunorte, Big Amigão, Di Felicia, Broker, Tapajós, Fennix, Real, CB e Mass.
Apesar do impulsionamento na renda do setor, a economista Denise Kassama alerta que é preciso ter cuidado em relação à expectativa para este ano de 2024, já que a tragédia no Sul do país também afeta a exportação de produtos para outras regiões do Brasil.
“O primeiro trimestre de 2024 foi bastante positivo para a economia amazonense, mas a gente deve olhar com certa cautela esses números do varejo, até porque a gente ainda tem que sentir como vai dar o reflexo da tragédia no Sul, sendo um grande abastecedor. Sei que o governo está fazendo para não haver aumento do preço do arroz, mas o Rio Grande do Sul é responsável por vários produtos que abastecem o mercado brasileiro, inclusive falando de carnes e outros produtos, soja, feijão. Então vamos comemorar, mas ainda não dá para acender os rojões”,
finalizou a profissional.
Fonte: Em Tempo.