Profissionais autônomos, em busca de incrementar suas rendas, costumam ver na conexão com empresas uma alternativa para participar de projetos das equipes de vendas e relacionamento com o consumidor. A premissa de aproximar essas duas pontas é a aposta da brasileira cloud humans, que desenvolveu uma plataforma para viabilizar essa aproximação. Em pouco mais de seis meses de atuação no mercado, a startup acaba de receber um aporte de US$ 125 mil da Y Combinator, uma das aceleradoras mais concorridas do mundo, famosa por investir em empresas como Airbnb, Dropbox, Rappi e Twitch, e por ter um portfólio com valor de mercado de US$ 300 bilhões.
Além de ter sido selecionada para receber o investimento, a startup brasileira também foi escolhida para participar do primeiro ciclo de aceleração da Y Combinator em 2021. Entre janeiro deste ano e março, a cloud humans participou do programa e teve oportunidade de interagir com investidores, mentores e especialistas de negócios de todo o mundo. Na próxima terça-feira (23), apresentará seu modelo de negócios no demo day da aceleradora. Para ingressar no programa, é preciso não só preencher um formulário e passar pelo processo seletivo, mas vencer uma concorrência global por uma vaga – o que torna a concorrência acirradíssima.
Embora tenha conquistado os investidores da Y Combinator, esta não é a primeira vez que a cloud humans chama a atenção. Em dezembro do ano passado, o fundo de venture capital Canary liderou uma rodada de R$ 6,3 milhões na startup, que contou com a participação de nomes conhecidos do ecossistema de inovação brasileiro. O CEO da Loggi, Fabien Mendez, o CEO da Alura, Paulo Silveira, e o CEO da G4S Brasil, Sergio Souza, integraram esse primeiro aporte como investidores anjos.
Fundada por Ian Kraskoff, Bruno Cecatto e Felipe Serra no ano passado, a cloud humans desenvolveu a plataforma com o propósito de aumentar as oportunidades de trabalho para os profissionais autônomos num momento extremamente complicado da economia. “Nosso objetivo sempre foi encontrar maneiras de empoderar tanto as pessoas que isso acabaria se traduzindo naturalmente em melhores resultados para as empresas”, diz Kraskoff.
Com 15 empresas plugadas na plataforma, como, por exemplo, os unicórnios Rappi, Loft e Creditas, a cloud humans disponibiliza projetos de representação em vendas e qualificação de clientes em potencial, que demandam contato direto com consumidores, além de uma equipe dedicada. Segundo a startup, essas empresas alcançaram uma eficiência e produtividade até 50% maior nesses setores de atuação.
A proposta já atraiu, organicamente, mais de 2.000 profissionais autônomos, que se cadastraram na plataforma desde setembro do ano passado. Em média, os usuários da cloud humans possuem um envolvimento de 15 a 21 horas semanalmente, gerando entre R$ 1.300 e R$ 1.700 de renda extra mensal líquida. “Elas decidem seu horário e quantas horas vão colocar ali”, afirma o empreendedor. Segundo ele, não é necessário ficar horas a mais ou a menos dentro da plataforma para conseguir bons rendimentos, possibilitando os trabalhadores autônomos maior liberdade com a sua rotina.
Foto em Destaque: Daniel Lima/Stopmotion Produtora/Divulgação – Legenda – Dois dos três fundadores da cloud humans: à esquerda, Bruno Cecatto; à direita, Ian Kraskoff
Fonte: Forbes