Entre aplicativos, programas e abas no navegador, o trabalhador alterna sua atenção entre diferentes telas cerca de 1.200 vezes ao longo do dia, apontou uma nova reportagem da Bloomberg.
Ao todo, são quatro horas por semana, ou cinco semanas por ano trabalhando alternando entre as telas, no que os pesquisadores estão chamando de “imposto de alterância”. O termo tem sido usado para designar a perda de foco, produtividade e engajamento no trabalho causado por tamanha informatização dos processos.
Grandes empresas são as maiores responsáveis por esse processo que só tende a crescer, implantando uma média de 187 aplicativos e programas, contra 77 em 2015. Destes, quase um terço deles são redundantes ou agregam pouco valor. Mas não são só nelas que o problema se encontra. Desde empresas de tecnologia do Vale do Silício até cabeleireiros de Nova York, a informatização do trabalho está atingindo a todos. “A tecnologia”, diz Tori Paulman, analista do Gartner, “passou de grande facilitadora para grande inibidora”.
Que há uma sobrecarga de aplicativos em nossas vidas é inegável, mas ao contrário dos aplicativos de consumo ou entretenimento, os aplicativos ligados ao trabalho não podem ser simplesmente ignorados, silenciados ou excluídos. E enquanto a maior parte dos apps dependem de sua facilidade de uso para sobreviver, a maior parte dos programas usados no trabalho podem ser um pesadelo para se navegar.
A tecnologia tem sobrecarregado os humanos por algum tempo, desde antes da pandemia ela já era um problema, mas como muitas outras tendências, ela se acelerou durante o COVID-19 a medida que as empresas se esforçaram para utilizar programas de videoconferência e colaboração para suas forças de trabalho remotas.
E quando os funcionários foram ficando esgotados e os trabalhadores começaram a se demitir em massa, as empresas adicionaram novos aplicativos de bem-estar e reconhecimento. Aplicativos, e aplicativos e aplicativos…
*Com informações do site Yahoo
