“Eu sou do interior, município de Careiro da Várzea, onde é somente acessado por barcos. A ideia do jogo central vem daí, basicamente simular a realidade do meu município”.
Essas palavras são de Kevin Alexander dos Anjos, de 19 anos, acadêmico de engenharia elétrica, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e desenvolvedor do Amazon Hydro Transport, o primeiro jogo de simulação de barcos da região amazônica, que foi criado em 2019.
De acordo com ele, o objetivo é transportar passageiros e cargas pelos rios da região.
Em entrevista exclusiva ao BNC Amazonas , Kevin explicou que a ideia nasceu com a proposta de simular a sua realidade e de muitos amazonenses que fazem uso do transporte fluvial.
“Com o tempo, conforme as pessoas foram conhecendo e houve conversas, fui ampliando o projeto de maneira mais abrangente. Por exemplo, antes a ideia era só um jogo de lanchas, agora a ideia é uma expansão de um jogo mais geral com as variadas embarcações que existem na região”, disse.
O desenvolvimento do jogo
Ele contou que, para desenvolver o jogo, começou “aprendendo por conta própria, vendo vídeos no YouTube, lendo documentação, testando, errando e acertando”.
Kevin Alexander classifica como um processo de constante evolução, mesmo com dificuldades muitas vezes de conexão de Internet.
“Apesar de às vezes ter a dificuldade da internet por causa da localização, creio que o projeto correu muito bem”.
Para chegar ao resultado atual do jogo, ele diz que desde o começo sempre pós a mão na massa, mas “os conceitos, ideias e as melhorias muito foi por causa da ajuda de outras pessoas, que moram em várias regiões não só do Amazonas, como do Pará, Amapá, enfim, no Brasil inteiro”.
De acordo com o desenvolvedor do jogo, “o projeto é uma construção de várias pessoas, embora como eu disse no início, eu seja o que faz, o que põe a mão na massa”.
Revolução no transporte
O jogo de simulação de barcos não tem uma missão tão simples quanto parece, pois na visão de seu criador, o Amazon Hydro Transport “pode ajudar na difusão de conhecimentos básicos e até mesmo no treinamento de novos aquaviários para a região”.
Alem disso, ele destaca que o jogo tem como uma das premissas “prezar pela regionalidade, pela cultura, pelo que é nosso. Por isso sempre damos bastante ênfase às embarcações regionais”.
Sobre os impactos da iniciativa, Kevin diz que a ideia ate então “é ampliar e colocar o jogo como algo para ajudar na difusão dos conhecimentos, práticos e até regulamentos da navegação”.
Para quem quiser jogar
Kevin também disse que o jogo já está disponível para baixar aqui de forma gratuita, com ênfase no sistema Android, no Google Play.
Já são mais de 1 mil de downloads, com avaliação de 4,7 estrelas do total de 5 na plataforma. Neste link, há uma guia de orientações sobre como jogar.
Os recursos do jogo
Conforme o estudante, há alguns recursos característicos e importantes do jogo, como, por exemplo: o mapa ou cenário, baseado na geografia de cada localidade; as embarcações regionais para o jogador comandar; cidades e comunidades localizadas, com nome e baseadas em locais reais; sistema de simulação de velocidade de embarcação com base nas configurações do jogador e da quantidade de carga ou passageiros; simulação de cenário, como o sistema para mudar o horário relativo do jogo; sistema de compra e venda de embarcações, além do gerenciamento, com pintura, acessórios, motorização e iluminação.
*Com informações do site BNC Amazonas