Eles criaram um serviço de entregas sustentável e movido a bicicletas

E se você pudesse receber um produto que comprou online no mesmo dia e, de quebra, ainda ajudar a preservar o meio ambiente? Esta é a proposta da Pedala, que, como o nome sugere, usa bicicletas para fazer suas entregas. A empresa diz ter evitado a emissão de mais de 130 toneladas de gás carbônico com o meio de transporte.

O negócio surgiu em 2015 pelas mãos (e pedaladas) dos empreendedores Alexandre Messina, 29, e Vinicius da Justa, 28. Inspirados pela popularização das bicicletas na Europa e em capitais como São Paulo, eles decidiram apostar no modal para criar um serviço diferente e de impacto. A Pedala hoje faz cerca de mil entregas por dia em no Rio e em São Paulo.

O plano é chegar a Belo Horizonte até julho e ao Grande ABC e Campinas até o fim do ano. Até 2020, planeja investir em uma frota de carros elétricos.

Entregador da Pedala (Foto: Divulgação)

“Pés na massa”
Messina e Justa começaram o negócio pedalando por si próprios. Com R$ 20 mil cada, eles abriram a empresa, encomendaram os primeiros uniformes e alugaram um espaço em um coworking. Fizeram as primeiras entregas para amigos e, depois, foram contratando mais ciclistas.

O foco do serviço também mudou desde o início. A Pedala começou fazendo entregas para restaurantes e e-commerces e terceirizando ciclistas para entregas de documentos. Com o surgimento de serviços como Uber Eats e Rappi no país, notou que ganharia mais adaptando seu negócio.

A decisão, então, foi de focar apenas no e-commerce. “Mesmo que outras empresas também utilizem bicicletas, nenhuma é 100% dedicada a esse segmento”, diz o fundador Alexandre Messina. Hoje, a empresa atende empresas como Americanas, Marisa, Reserva e Nespresso.

Entrega da Pedala (Foto: Divulgação)

O serviço entrega produtos de até cinco quilos e aparece entre as opções de frete na hora da compra. Segundo a empresa, as entregas são efetuadas, no mais tardar, um dia útil após a confirmação do pagamento da compra. Como as bicicletas não usam combustível, os custos são menores que os de transportadoras tradicionais.

Logística ecológica
Hoje, há cerca de 100 ciclistas cadastrados na Pedala. Deles, cerca de 50 fazem entregas diariamente. A empresa usa um sistema que divide as demandas de acordo com a localização e disponibilidade dos entregadores.

Entregadores da Pedala (Foto: Divulgação)

As entregas são encaminhadas a partir de centros de distribuição mantidos pela empresa — hoje, há quatro no Rio e um recém-aberto em São Paulo. O maior desafio a ser solucionado está no transporte dos produtos até esses centros. Quando o número de encomendas de uma empresa é muito grande, é preciso usar um carro para levá-los até lá.

Vem daí o interesse da Pedala nos carros elétricos. “Hoje eles ainda são muito caros. Mas até o final do ano, ou no máximo no ano que vem, queremos ter uma frota desse tipo”, diz Messina.

O esquema atende pedidos feitos e entregues na mesma cidade. Para entregas de São Paulo ao Rio ou vice-versa, a empresa usa um esquema de “aproveitamento” de transporte. Os produtos viajam no bagageiro de ônibus que levam passageiros de uma cidade até a outra. Lá, são distribuídos entre os ciclistas e seguem para as casas dos clientes.

Entregador da Pedala (Foto: Divulgação)

Potencial
A empresa começou a dar retorno financeiro em meados de 2017. O faturamento no ano seguinte foi de R$ 1,65 milhão e a expectativa para 2019 é de R$ 4 milhões. A empresa também foi acelerada pela NESsT e pela Conecta.

Segundo Messina, há motivos para esperar mais crescimentos. “Hoje, no Brasil, só 5% das compras no varejo são feitas no e-commerce. Se olhamos para os percentuais dos Estados Unidos e da China, vejos que há um grande potencial para crescer”.

Fonte: PEGN

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