Em estudo da Oracle, 64% dizem confiar mais em robôs do que em um gestor humano. No Brasil, número aumenta para 79%
Quando a era das máquinas chegar, os trabalhadores talvez recebam a notícia de braços abertos. Em estudo encomendado pela Oracle, 64% dos entrevistados dizem que confiariam mais em um “robô” ou inteligência artificial do que em seu chefe. A pesquisa entrevistou mais de 8 mil pessoas de 10 países diferentes, incluindo o Brasil.
Cerca de 82% dos entrevistados também acreditam que uma inteligência artificial faria o trabalho de seu gestor de forma mais eficiente e com maior qualidade. Metade também afirmou já trabalhar com alguma forma de IA em seu atual emprego.
“As pessoas não têm mais medo de robôs,” disse Emily He, vice-presidente sênior de marketing da Oracle, na apresentação do estudo. “Elas têm percebido como a IA e o machine learning podem melhorar a maneira como trabalhamos de forma bem pragmática. E quanto mais usam essas tecnologias, mais animadas ficam.”
Considerando as respostas por país, o grupo que compõe o BRICS se mostra muito mais otimista em relação à IA. Na Índia, 9 entre 10 entrevistados mostraram ter mais confiança em uma máquina. Na China, o número chega a 88%, enquanto no Brasil fica em 79%.
A desconfiança maior quanto à tecnologia vem de economias ocidentais. Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, França e Reino Unido ficaram abaixo da média de confiança global.
Os entrevistados acreditam que robôs são melhores que humanos em providenciar informações imparciais, manter cronogramas, resolver problemas e cuidar de um orçamento. Por outro lado, eles acreditam que pessoas ainda são melhores que robôs em compreender as emoções do trabalhador, no treinamento de funcionários, em promover um bom ambiente de trabalho e em avaliar o desempenho da equipe.
A Oracle acredita que essa divisão de funções pode ser benéfica. “Por exemplo, gestores que permitam que a inteligência artificial cuide de funções mais relacionadas a administração e controle podem ter mais tempo e energia para interagir diretamente com seus funcionários,” disse o estudo.
Comparado com 2018, a pesquisa aponta que os trabalhadores estão mais animados com a entrada de IA no ambiente de trabalho e com menos receio de perderem seus empregos por conta de um robô. “Organizações que se moverem rapidamente para encorajar a adoção de IA poderão conduzir inovações e criar novos mercados, além de proteger e expandir seu espaço nos mercados atuais,” concluiu a pesquisa.
Fonte: Época Negócios