A era dos alimentos gordurosos está acabando; pelo menos é isso que diz um levantamento realizado pela pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Dos 3 mil entrevistados, 80% declararam que preservar a própria saúde é uma das principais preocupações na hora de comprar comida. Vinte por cento dos consumidores também afirmaram estar evitando alimentos que foram cultivados com agrotóxicos.
E o mercado já percebeu essa tendência por uma alimentação mais saudável. Para atingir esse público, diversas empresas começaram a apostar na produção dealimentos orgânicos para a venda no varejo.
Mas o consumidor possui outras opções, como plantar sua própria comida em casa – e a Isla Sementes percebeu isso.
Fundada em 1955, a empresa é especializada na produção e venda de sementes tanto para o agronegócio quanto para o consumidor final. Mas para Andrei Santos, diretor de planejamento estratégico e sócio da empresa, era possível ir além.
O empreendedor constatou que existem consumidores interessados em plantar a própria comida.
Entretanto, a falta conhecimento impede que esse desejo se transforme em prática, conta o executivo. “De cada dez pessoas com quem converso, sete me falam que gostariam de ter uma horta.”
Outro problema enfrentado por essas pessoas, segundo ele, era a dúvida na hora de escolher o que plantar.
Com esses problemas em mente, Santos percebeu que era necessário bolar uma solução que fosse capaz de educar e dar variedade de opções ao cosumidor. Nascia então o Clube Minha Horta.
Sob medida
Lançado em abril de 2019, o serviço é um clube de assinaturade sementes destinado a pessoas interessadas em começar uma pequena plantação em suas casas.
Para atingir esses clientes, o Clube Minha Horta tenta capacitar seus clientes para lidar com a horta. Isso é feito por meio de materiais informativos, disponibilizados em quatro formatos: vídeos, textos veiculados no website da Isla, um guia impresso (entregue junto com as sementes) e pelo WhatsApp.
O conteúdo reúne uma série de dicas e truques sobre como lidar com as plantas. Pontos técnicos, como a época ideal para o plantio e espaçamento da horta, também são informados. “Assim, os clientes mais leigos têm uma curadoria do que, quando e como plantar.”
Em geral, os kits têm hortaliças, temperos e flores. Segundo Santos, um dos pré-requisitos para uma planta ingressar no clube é que seja possível cultivá-la em espaços pequenos.
Dois planos podem ser contratados: econômico e super. A principal diferença entre ambos é a peridiocidade. No caso do econômico, o cliente recebe 4 kits de sementes trimestralmente. Já no super, são 6 envios realizados de forma bimestral. Os preços variam entre R$ 26 e R$ 33 por mês.
Agora, a marca também planeja realizar uma pesquisa entre os usuários, de forma que seja possível adaptar a entrega dos produtos de acordo com suas necessidades.
Desafios
Por trabalhar com entregas de sementes há décadas, a logística não se mostrou um grande desafio para a Isla. “Já tínhamos uma operação desenhada para entregar desde apenas um envelope até toneladas de produtos.” Para o Clube Minha Horta, as entregas são realizadas por meio dos Correios.
De acordo com Santos, depois da logística, o grande desafio de um clube de assinaturas é fazer com que os clientes renovem o plano. Mas o empreendedor garante que a Isla está indo bem nesse aspecto.
Apesar de não especificar o número de usuários do Clube Minha Horta, ele garante que já está na casa das centenas. “Para o próximo ano, planejamentos crescer cinco vezes mais.”
Fonte: PEGN