Pat Brown já fez de tudo um pouco. Formou-se em medicina, estudou genética e criou uma entidade que revisava publicações acadêmicas.
O empreendedor percebeu que criar e matar animais era muito custoso para o meio ambiente por demandar uma grande quantidade de água, terra e energia. “O mercado da carne ainda usa tecnologia pré-histórica”, disse em entrevista ao site “Inc”.
Brown decidiu, então, criar uma alternativa mais moderna à carne. Largou a vida acadêmica para abrir sua própria startupde carne vegana, a Impossible Foods (comidas impossíveis, em tradução literal do inglês).
Sem nenhuma experiência na área, mas buscando investidores para o negócio, o empreendedor apresentou seus primeiros pitches. Para encantá-los, ele dizia que sua empresa os faria ainda mais ricos do que eles já eram. Deu certo: já nos primeiros meses da sua trajetória, Brown conseguiu um investimento de US$ 9 milhões (R$ 37,3 milhões).
Segundo o site da Impossible Foods, fazendo a proteína sem matar nenhum animal, a empresa usa 96% menos espaço, 87% menos água e emitem 89% menos gases de efeito estufa.
Para fazer o produto ter gosto de carne, Brown usa seus conhecimentos em genética.
Segundo a startup, o sabor vem de uma molécula chamada “heme”, achada em todas as plantas e animais, sendo que é encontrada em maior quantidade nestes últimos. No caso da Impossible Foods, o “heme” é retirado das raízes da soja.
Hoje, a startup já recebeu mais de US$ 750 milhões (R$ 3 bilhões) em investimentos. O valor de mercado da Impossible Foods é motivo de discussão. Enquanto a “Inc.” estima que a empresa tenha um valuation de US$ 2 bilhões (R$ 8,3 bilhões), o “The Wall Street Journal” diz que o valor de mercado do negócio está em US$ 5 bilhões (R$ 20,7 bilhões).
O hambúrguer vegano, principal produto da empresa, está em diversos restaurantes dos Estados Unidos. Em abril, deu um importante passo: fez uma parceria com o Burger King para levar a “carne vegetal” para os restaurantes da rede no país.
A Impossible Foods ainda não está no Brasil, mas inspirou a criação de negócios semelhantes, como a Fazenda Futuro. O negócio é liderado por Marcos Leta, conhecido por também ter lançado a marca de sucos Do Bem.
Fonte: PEGN