Uma feira, em São Paulo, está apresentando tecnologias desenvolvidas para tornar as cidades sustentáveis e inteligentes.
Já existem aplicativos que avisam se o ônibus está próximo, diminuindo a angústia da espera no ponto. Claro, quando funciona.
“A gente está aqui há mais ou menos meia hora, não passou ainda o da 13h25 e agora no aplicativo está falando que é 13h45”, disse a técnica de enfermagem Daniela Santos.
Um ônibus que avisa quando está chegando faz parte de um sistema de transporte que beneficia os passageiros e também ajuda a planejar melhor a mobilidade das pessoas. Essa é uma das possibilidades de uma cidade inteligente, onde projetos baseados no investimento pesado em tecnologia pretendem solucionar uma série de problemas.
Para economizar na iluminação pública, por que não fazer como em muitas casas: poder regular a potência de luz em cada poste? Isso reduziria em até 40% o consumo de energia e aumentaria a vida útil da lâmpada.
“Se a noite há pouco movimento, você não vai obviamente apagá-la, mas você vai reduzir o brilho a um nível seguro, adequado para aquela região”, afirmou o engenheiro de vendas Alexandre Soares.
Numa feira estão inventos que mapeiam as cidades e possibilitam desenvolver ferramentas para os gestores.
Em Vitória, um sistema de câmeras procura carros roubados. De olho nas ruas, elas rastreiam as placas dos veículos e comparam com o banco de dados da polícia.
O investimento em cidades inteligentes não é pequeno. Um economista que representa o governo britânico conta que lá o dinheiro para pesquisa e desenvolvimento vem de parcerias entre governo e empresas privadas. Em 2017, alcançou o equivalente a R$ 154 bilhões.
No Recife, os britânicos vão ajudar no monitoramento das tubulações para baixar o desperdício de água tratada. Segundo ele, as soluções são pontuais, com o foco da tecnologia colocando o cidadão em primeiro lugar.
Tem jeito até para problemas crônicos. O Rio de Janeiro está testando o monitoramento de dezenas de bueiros e instalou sensores para evitar entupimentos. Se um saco de lixo bloqueia a passagem de água, um alerta surge na tela, identificando o local exato, o que facilita o deslocamento de uma equipe de limpeza.
O sistema acompanha até se tem chuva se aproximando.
“Esse movimento de cidade inteligente é justamente para levar para a população um modo de vida melhor. Sofrer menos com as intempéries naturais e também, enfim, ter a sua disposição facilidades para que ela possa ter realmente uma vida muito melhor”, explicou Carlos Chiara Radia, presidente da Empresa de Bueiros Inteligentes.
Fonte: Jornal Nacional