A promoção de políticas de energia limpa e redução das emissões de carbono foram destaque na Declaração de Manaus, assinada pelos ministros de Pesquisa e Inovação do G20, em Manaus. Até quarta-feira (2/10), uma série de textos no site do MCTI vai explorar as principais entregas do ‘Pacote de Manaus’ nas áreas de energia limpa, biodiversidade e florestas tropicais.
O documento aprovado por consenso em 19 de setembro reconhece que a meta de emissão zero de gases do efeito estufa e ações para uma transição energética justa podem ser alcançadas por meio da inovação aberta entre os países.
Sob a coordenação brasileira, duas iniciativas fazem parte das entregas do Grupo de Trabalho de Pesquisa e Inovação: a base de dados de tecnologias abertas para energia limpa da Agência Internacional de Energia (IEA) e uma lista de práticas inovadoras nesse setor. O chefe da assessoria internacional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos Matsumoto, explica que o objetivo é levar essas iniciativas aos países que necessitam de tais tecnologias.
“A noção que a gente trouxe é que alguns países necessitam de mais acesso e produção tecnológica. Essa desigualdade traz um problema para a ciência e o desenvolvimento. Então a ideia da lista é a gente identificar tecnologias abertas, sem pagamento pelo uso, que os países possam utilizar se tiverem interesse. Isso está aberto e pode ser levado a outros fóruns internacionais. A outra entrega é o compêndio de boas práticas relacionadas a energias limpas. São entregas que os gestores governamentais, pesquisadores e empreendedores podem utilizar e agregam muito à nossa presidência”, afirma.
A partir de uma requisição do GT de Pesquisa e Inovação, a IEA elaborou um compêndio de políticas nacionais de inovação em energia limpa para transição energética justa e uma base de dados interativa composta por mais de 550 projetos de tecnologias individuais e componentes que envolvem todo o sistema energético.
O analista chefe da IEA, Simon Bennet, explica que foram utilizados dados disponíveis no âmbito da agência na perspectiva de utilidade e relevância para as economias emergentes e em desenvolvimento. Houve esforço para entender, categorizar quais tecnologias precisam ser melhor compreendidas, mais conhecimento, mais pesquisa, mais inovação ou adaptação. “Esperamos que essa entrega forneça uma plataforma para os países do G20 e para partes interessadas também para que possam ver romper tecnologias”, afirmou. Segundo ele ainda há muito trabalho, o que inclui baixar custos das tecnologias, aumentar a performance e ter potencial econômico.
Sobre o banco de dados online com exemplos inspiradores em políticas de inovação, Bennet afirmou que se pode observar um crescimento da diversidade de iniciativas. “Os países estão realmente tentando participar da nova economia energética, em renováveis, hidrogênio, captura de carbono, baterias, experimentando políticas que podem encorajar inovação, inovador, trabalho árduo para acessar capital. Contudo, ainda há desafios como qual abordagem funciona para um desenvolvimento inicial de tecnologia. Há um grande potencial para compartilhar experiências até ser possível compreender o quem está fazendo o quê. É nisso que a base de dados facilita”, detalhou.
Acesse o guia de tecnologias e o guia de políticas de inovação em energia limpa publicados.
G20 Brasil
A transição energética é um dos principais temas da presidência brasileira do G20, que se encerra em novembro. O lema do mandato brasileiro é “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável”, que reforça os compromissos com a redução da fome, da pobreza e da desigualdade a nível mundial, bem como o desenvolvimento socioambiental com uma transição ecológica justa e inclusiva.
Saiba mais sobre as ações do país no G20 no site https://www.g20.org
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação/Governo Federal.