O 1º de abril é conhecido popularmente como o Dia da Mentira, uma data que é sinônimo de brincadeiras e pegadinhas. Embora seja uma celebração inofensiva, no contexto corporativo é fundamental deixar as “mentirinhas” de lado, especialmente durante um processo seletivo. Segundo a última edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), mais de 69% dos recrutadores participantes admitiram ter eliminado candidatos por conta de inconsistências ou falsificações em seus currículos.
Quando questionados sobre as áreas nas quais identificaram mais inconsistências, os recrutadores apontaram que as habilidades técnicas e a experiência profissional são as mais frequentemente alteradas. A seguir, conheça as mentiras mais comuns no momento da elaboração do currículo e fuja delas:
1- Habilidades técnicas: mais da metade dos recrutadores (50,89%) identificaram candidatos que exageraram suas habilidades técnicas ou conhecimentos específicos;
2- Experiência profissional: 48,13% dos recrutadores relataram encontrar falsificações relacionadas a cargos anteriores, chegando até a fabricar experiências profissionais em alguns casos;
3- Proficiência em idiomas: 32,68% dos recrutadores descobriu que os candidatos inflaram suas habilidades linguísticas;
4- Saídas de empregos anteriores: ocultar ou distorcer informações sobre experiências passadas, principalmente sobre o motivo da saída, já foi o motivo de eliminação para 29,92% dos recrutadores;
5- Histórico educacional não verificado: 26,18% dos recrutadores já se depararam com candidatos que mentiram sobre seu histórico educacional.
Além das top 5, outros tipos de inconsistências destacados foram: conquistas pessoais ou profissionais inflacionadas (21,30%), períodos de emprego omitidos ou falsamente relatados (20,98%) e falsas alegações sobre participação em projetos significativos (18,86%).
“Embora possa parecer uma ‘tática’ para obter destaque frente a outros profissionais, recorrer à mentira no currículo jamais é uma escolha sensata. Já vi profissionais de diferentes níveis hierárquicos perderem a vaga e a credibilidade por tentar iludir o recrutador. A melhor abordagem é investir na própria capacitação e aprimoramento profissional para garantir as competências exigidas para as vagas desejadas. E no caso da falta de um ou outro requisito, a honestidade e a sinceridade também somam bons pontos”, afirma Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.
A 27ª edição do ICRH é resultado de uma sondagem conduzida pela empresa com 387 respondentes para cada uma das três categorias (empregados permanentes, desempregados e recrutadores), distribuídos regionalmente e proporcionalmente pelo Brasil, de acordo com os dados do mercado de trabalho coletados na Pnad.
Fonte: Isto é Dinheiro.