IA generativa: um guia estratégico para líderes empresariais

A mais recente inteligência artificial está na ponta da língua dos executivos. A IA generativa já mostrou que o seu potencial é inegável e que veio para ser uma revolução. Nesse sentido, a ferramenta é o principal foco no centro das decisões das empresas, em discussões em congressos, além de estar sendo utilizada e aprovada por milhões de pessoas. A nova versão do ChatGPT atingiu 100 milhões de usuários em apenas dois meses, de acordo com a McKinsey. A popularização dessa IA democratizou o acesso de uma maneira nunca vista antes, ao mesmo tempo que se tornou, de longe, a ferramenta de crescimento mais rápido de todos os tempos.

No entanto, a implementação da IA generativa representa um desafio complexo para líderes empresariais. Isso porque implementar uma inteligência artificial generativa requer um esforço que envolve uma série de mudanças na gestão. É nesse contexto que o papel do líder vem para orientar as equipes na utilização da tecnologia, garantindo que ela seja aplicada nas tarefas e incentivando uma constante adaptação na IA generativa.

Para se sobressair na gestão e aplicação, muitos estudos orientam que os líderes devem ser capazes de saber comunicar a visão da empresa em relação à adoção dessa tecnologia, envolvendo e treinando os membros da equipe para garantir uma transição onde todos possam entender melhor a IA. Por isso, é superimportante a criação de uma cultura organizacional que valorize a inovação, a aprendizagem contínua e a adaptação às novas tecnologias.

Uma pesquisa realizada pelo Databricks em parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), na qual entrevistou 600 líderes de tecnologia, em sua maioria CIOs (Chief Information Officers), mostrou o atual cenário de adoção da Inteligência Artificial (IA) generativa no mundo dos negócios.

De acordo com os resultados, 94% dos líderes de tecnologia estão atualmente incorporando IA generativa em seus modelos de negócios. Esta tecnologia, capaz de criar conteúdo, imagens e até os mesmos códigos por conta própria, é extremamente reconhecida como uma ferramenta valiosa para a inovação e a eficiência operacional.

Entretanto, mesmo com uma adoção significativa, a pesquisa revela uma percepção interessante entre os líderes de tecnologia. Apenas 14% deles acreditam que o uso da IA generativa é amplamente difundido em suas respectivas áreas de negócios. Esse contraste entre a adoção real e a percepção da difusão da tecnologia abre uma lacuna possível na compreensão do impacto total da IA generativa no ambiente empresarial.

Otimizar processos e potencializar os benefícios

Iniciar o processo de implementação de qualquer inteligência artificial, pode ser meio que um tiro no escuro. Sem essa clareza, as empresas podem perder um tempo valioso tentando descobrir como iniciar sua transformação habilitada pela IA generativa, deixando muitas vezes de se diferenciar por um viés competitivo do mercado.

A consultoria Boston Consulting Group (BCG) desenvolveu um Diagnóstico de Produtividade da Força de Trabalho GenAI, onde forneceu em insights com o objetivo de buscar otimizar processos e potencializar os benefícios proporcionados pela tecnologia.

Identificando os pools de valor

A incorporação da IA generativa pode proporcionar valor de diversas maneiras, tais como uma entrega mais ágil de recursos, uma maior centralização no atendimento ao cliente, aprimoramento da qualidade e da experiência, além de vantagens econômicas.

O diagnóstico deve analisar minuciosamente o impacto da IA generativa na produtividade da força de trabalho em todos os níveis da organização e em cada função desempenhada. É essencial compreender quais atividades serão melhoradas pela IA generativa e garantir que a empresa dê prioridade às iniciativas mais promissoras e impactantes.

Avaliando as implicações da força de trabalho e das competências

Ajustar o design do fluxo de trabalho, como simplificação e automação de processos, na capacidade da força de trabalho e nas responsabilidades atribuídas a ela. Portanto, as organizações devem conceber estrategicamente iniciativas de desenvolvimento de talentos e programas para aprimoramento de competências, a fim de capacitar sua força de trabalho com as habilidades permitidas para prosperar no novo ambiente habilitado para IA generativa, além de atrair indivíduos capazes de explorar o potencial da GenAI.

Aplicando os resultados do diagnóstico

Orientar a implementação da tecnologia, IA generativa, em uma organização, o diagnóstico do BCG sugere quatro etapas principais:

Ambições: O diagnóstico ajuda a empresa a identificar conjuntos de valores, priorizando-os para ambições articuladas aspiracionais e realistas.

Definição de um roteiro: Com base no potencial de valor atual, o diagnóstico cria um ponto de partida, identifica etapas principais e descreve um roteiro para desbloquear valor imediato e estabelecer bases para futuras implementações.

Tomada de escolhas importantes: Os líderes precisam como escolher e acompanhar o sucesso, sequenciar a implementação da tecnologia, promover a adaptação e transformar as formas de trabalho, garantindo o uso responsável da GenAI.

Orquestração da transformação: Uma vez definido o roteiro e tomadas as decisões, os líderes coordenam a execução das diferentes peças da transformação, incluindo suporte a pilotos, redesenho de fluxos de trabalho e gestão de mudanças.

*Com informações do site Consumidor Moderno

 

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