Somos todos iguais e todos diferentes! Carregamos as mesmas características fisiológicas e capacidades psicológicas, mas em níveis individuais e únicos. E essa é a beleza da heterogeneidade! Se a gente olhar pra natureza, o mesmo se repete. Vejamos as plantas, os peixes, as bactérias e demais criaturas e espécies, cada uma carrega sua singularidade.
O mesmo ocorre com a gente: os humanos. Nem irmãos gêmeos univitelinos são exatamente iguais nem fisicamente e nem psicologicamente. E, em minha opinião, a multiplicidade de tons de peles, pelos, cabelos, vozes, olhares e modo de pensar ou falar é o que dá um tempero especial à vida, permitindo que novas gentes se misturem e assim temos inúmeras possibilidades de trocas, aprendizados e ensinamentos.
Fingir pra si mesmo é o pior fingimento
Mas, mesmo diante de tanta diversidade, nem sempre assumimos quem realmente somos, pois somos levados a viver a fantasia das aparências, construída detalhadamente para vender uma imagem que não existe.
E isso tem se intensificado com as postagens nas redes sociais, que revelam mais do que o desejo de possuir o que não se pode ter, mas também uma personalidade frágil, que busca manter no exterior o que não tem consistência no interior.
Ser o que não se é
Mas o nível da exibição ganhou outro patamar quando, na semana passada, uma empresa de voos de Moscou, resolveu alugar um jato para que as pessoas pudessem fotografar na aeronave e depois exibirem as imagens nas redes sociais.
O detalhe fica por conta do voo que nunca acontece, ou seja, a pessoa aluga o jato por 2 horas, tira fotos e/ou faz vídeos, exibe nas redes, tudo em solo, e depois volta à realidade. Pra quê isso? Por que precisamos mentir? Por que temos a necessidade de mostrar o que não temos e nem somos?
Como ser autêntico
O autoconhecimento é o caminho que nos ajuda a entender quem somos, o que pensamos, o que gostamos ou não, como julgamos. Enfim, como nos comportamos. Esse é o caminho para eliminarmos as camadas e encontrar o verdadeiro eu.
Essa viagem nos ajuda a desenvolver amor próprio e segurança sobre quem somos e pra autoaceitação é só um passo. Essa jornada fortalece a alegria em ser quem se é. Sem precisar que a gente viva pra agradar aos outros e nem precise da aprovação alheia.
Não siga a boiada! Desenvolva a autocrítica e se mantenha distante da massa que distorce, julga sem senso de justiça e não pesa a consequência de seus atos. O autoconhecimento exige um silêncio individual. Se baseie pela razão e pela emoção, equilibradamente.
O que as pessoas acham ou não acham da gente não muda em nada a nossa vida! Cada um tem uma opinião.
Mantenha-se distante de pessoas e relacionamentos tóxicos. Quando encontramos o nosso eu interior compreendemos a importância das boas amizades e da convivência com as pessoas que amamos e queremos bem, mas desde que sejam contatos saudáveis.
Seja verdadeiro e justo! Isso não é difícil quando conseguimos nos projetar e entender o outro lado, e tentamos chegar a um consenso.
Ser autêntico é assumir o que se é e se sentir feliz com essa roupagem. É assumir as fragilidades, saber que não somos melhor que ninguém, mas que nos conhecemos o suficiente pra não precisar imitar e nem copiar ninguém, e que o mais importante é agradar a si mesmo, porque quem ama a gente vai amar mais ainda a nossa verdade.
Eu penso que podemos perder tudo na vida: carros, casas e demais objetos, mas, o que somos jamais pode se perder, pois a autenticidade é o que nos diferencia dos demais!