(Foto: Reprodução)

Jovem denuncia por intolerância religiosa comerciante que disse não querer ‘macumbeiro’ em vaga de emprego

Uma jovem de 17 anos denunciou ao g1 um ato de intolerância religiosa durante uma entrevista de emprego em Bertioga, no litoral de São Paulo. O dono de uma barraca, onde ela trabalharia, questionou qual religião ela seguia, pois ele não queria contratar ‘nenhum tipo de macumbeiro’.

A estudante iria se candidatar para trabalhar em uma barraca que vende pipocas e batata fritas. Conforme descrito no anúncio, publicado nas redes sociais, a vaga seria para trabalhar no Centro da cidade, das 16h30 às 01h, por R$ 70.

A jovem entrou em contato com o proprietário da barraca através de um aplicativo de mensagens. Entre as perguntas feitas por ele estavam: idade, onde mora e qual a religião, que seria um dos requisitos principais para preencher a vaga.

“Eu estranhei a pergunta. Pensei que se referia a região e que talvez o corretor do empregador estivesse trocando as palavras. Então, perguntei se era religião e ele confirmou que sim”.

Durante a entrevista online, o homem ainda disse: ‘não quero nenhum tipo de macumbeiro na minha barraca’. A jovem ressaltou à reportagem que achou a afirmação do homem um absurdo e, por este motivo, ela desistiu da vaga.

“Isso me indica o tipo de pessoa que ele é. Se para ele a religião da pessoa é mais importante do que o caráter e o profissionalismo, me recuso a trabalhar em um ambiente que não exista o respeito. Me senti indignada, pois embora a religião que ele ofendeu não seja a minha, acho que devemos ter o mínimo de respeito com o próximo, seja por religião ou opção sexual. Isso não define quem somos como profissionais”, desabafou.

Após a conversa, a jovem publicou os prints nas redes sociais e o caso repercutiu. Segundo ela, o dono da barraca apagou as mensagens e não se desculpou pelas palavras. “Ele não entrou em contato e eu não dei abertura para isso. Acredito que ele não deva desculpas somente para mim, pois muitos moradores [de Bertioga] entram em contato e receberam as mesmas perguntas e outras até piores”.

A jovem relatou também que, até o momento, ela não denunciou o caso para as autoridades policiais, mas pretende fazer. “Acredito que denunciar seja o melhor a se fazer, mas estou pensando a respeito, para que isso não aconteça futuramente com outras pessoas”.

*Com informações do site G1

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