Segundo estimativa da consultoria de tecnologia IDC, investimentos serão 28% maiores em relação a 2021
As empresas brasileiras devem investir U$ 504 milhões (cerca de R$ 2,61 bilhões) em inteligência artificial em 2022, um aumento de 28% em relação ao ano interior. É o que mostra uma estimativa da consultoria de tecnologia IDC.
Os dados indicam que a inteligência artificial se mostra cada vez mais presente nos negócios, especialmente por meio do uso de algoritmos.
É a partir deles — e do cruzamento de uma infinidade de dados — que as maiores varejistas online e plataformas de streaming do mundo são capazes, por exemplo, de recomendar produtos e conteúdos personalizados e específicos para cada um de seus milhões de clientes, todos os dias.
Segundo declarou a analista de tecnologia da CNN Brasil, Rita Wu, “80% do que as pessoas consomem na Netflix hoje vêm de recomendações da plataforma, que conseguiu aperfeiçoar os algoritmos de inteligência artificial a um estágio muito avançado com o passar dos anos”.
Estratégias
Segundo Mônica Szwarcwald, sócia de práticas digitais da consultoria McKinsey, há inúmeros caminhos em que uma empresa pode utilizar a inteligência artificial, e a garantia de que trará resultados depende de alguns fatores.
“Se você não tiver a área de negócios próxima, querendo fazer acontecer, junto à área de tecnologia, junto aos cientistas de dados, não dá certo”, explica Szwarcwald.
“As empresas que têm sucesso com inteligência artificial investem em treinamento não só do time, mas de todo mundo que é necessário no caso de uso determinado”.
Quando aplicado de maneira correta, essa implementação pode ampliar a receita da companhia em 4,5 vezes, diz a especialista.
Atendentes virtuais dominam o varejo
As indústrias buscam utilizar inteligência artificial para reduzir custos, otimizando os processos produtivos por meio da tecnologia, segundo informações apuradas pelo CNN Soft Business.
Por outro lado, as empresas voltadas ao consumidor têm aplicado inteligência artificial para aumentar suas receitas. Nesse sentido, as assistentes virtuais têm sido um braço importante no atendimento aos clientes.
De acordo com uma pesquisa da consultoria Ilumeo, o uso de assistentes virtuais no Brasil aumentou 47% durante a pandemia. A Lu, do Magazine Luiza, o CB, das Casas Bahia, e a Vivi, da Vivo, são apenas alguns exemplos de inteligências artificiais que têm sido vitais para os negócios.
De acordo com o executivo líder de vendas de inteligência artificial da IBM, Fabio Mucci, o atendimento aos consumidores com a tecnologia pode ir muito além de pedidos de segunda via de boleto ou monitoramento de entrega de um produto.
“Quando se analisa comportamentos dos clientes em ligações, por exemplo, nós temos o caso de um cliente que utiliza inteligência artificial em uma grande concessionária de veículos. E nessas interações de atendimento, quando o cliente fala as palavras ‘financiamento’, ‘60 meses’ ou ‘48 meses’, automaticamente se gera uma demanda de análise de crédito para o banco daquele cliente”, diz Mucci.
“No final da conversa, a empresa já tem as possibilidades de crédito na mão, com diversas análises. Então, acho que essa é a grande sacada: utilizar a inteligência artificial para criar novos negócios, com uma interação com clientes que traga resultados para além de respostas automatizadas com as quais estamos já acostumados.”
O episódio sobre inteligência artificial do CNN Soft Business, que vai ao ar no domingo (21), aprofunda discussões sobre a tendência de humanização das inteligências artificiais, entrevistando direto de Hong Kong, na China, a robô humanóide Sophia.
O programa vai ao ar todos os domingos, às 23h15. Você pode conferir pela TV e também pelo YouTube.
Fonte: CNN Brasil