Estudo recém-concluído pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), financiado pelo Banco Mundial, retrata a importância deste serviço na região
Um estudo conduzido pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e financiado pelo Banco Mundial, que acaba de ser concluído, demonstra a importância da conexão digital para os habitantes da Amazônia Legal, que ocupa 59% do território brasileiro, uma área de 5 milhões de quilômetros quadrados. Essa conexão tem ainda mais importância no cenário atual, com a pandemia da Covid-19.
A conectividade na região enfrenta uma série de barreiras devido às restrições ambientais e grandes áreas de florestas e rios. As soluções apontadas pelo estudo passam pelo uso de satélites, diante das dificuldades de emprego de fibras ópticas no meio da floresta, e utilização de sistemas de rádio nas comunidades mais distantes.
O meio rural, em especial onde vivem populações residentes em comunidades e localidades remotas como a região Amazônica, é carente de programas e tecnologias que permitam a promoção de educação, saúde, empreendedorismo e gestão territorial e ambiental.
Segundo o estudo, telefonia móvel/internet é o 4º item mais importante para melhoria da infraestrutura comunitária (19,2%), ficando atrás apenas de abastecimento de água (28,1%) e ambulanchas (26,6%). O estudo indicou ainda que o rádio é um dos principais meios de comunicação para as comunidades ribeirinhas.
Outro dado do estudo corresponde aos interesses e prioridades do acesso às redes. Entre as pessoas entrevistadas, considerando um cenário em que tivessem acesso à internet 24h por dia, as atividades que a internet poderia beneficiar, na visão dos entrevistados, foram: “trabalho” (96%), “lazer” (acesso às redes sociais e ouvir música, com 2%)” e “estudar e aprender coisas novas” (2%).
“O estudo de conectividade digital em comunidades ribeirinhas remotas no interior do estado do Amazonas apresenta os usos para a conectividade digital no estado, bem como potenciais soluções de conectividade para regiões remotas e potencial estratégia para aproximar o acesso da população em geral, e, entende-se que a construção dessas soluções devem levar em consideração intercâmbios de experiências, comprometimento do setor público e privado, além da se realizar diagnósticos prévios e estudar construções colaborativas”, explica a gerente do Programa de Soluções Inovadoras da FAS, Gabriela Sampaio.
Fonte: FAS